Fotografia de Nuno Ferreira Santos
Os alunos conhecem Sérgio Godinho como cantor, já o têm ouvido várias vezes na sala de aula ao longo destes anos. E sabem como ele é um grande poeta nas suas canções, um grande contador de histórias.
Mas no dia 21 de fevereiro, ele estará em Badajoz para nos ler poemas do seu livro O Sangue por um Fio, e será apresentado aos alunos das escolas que participam na Aula de Poesía Díez Canedo por dois alunos da nossa escola.
CADEIRAS VAZIAS
Cadeiras vazias são prova de vida.
Ali se sentou ao piano a mãe
ali se decidiu em que noite.
Partir é um pré-balanço da vida: assim
fosse para sempre.
Madeiras com três nós
Três nós na madeira no soalho,
assim vista a função
assim fosse.
Furam (mas seguram) o vasto e longo itinerário.
De lembranças só dá conta o filho da prevista
terra de ninguém.
Para alguns (mas agora não eu)
o inesperado é mesmo agora.
Mãe, hoje voltei
uma cadeira será fonte de alegrias.
De ano a ano nem o tempo passa
mas tu ainda sabes disso.
Poema do seu livro O Sangue por um Fio (Assírio & Alvim, 2009)
Mas no dia 21 de fevereiro, ele estará em Badajoz para nos ler poemas do seu livro O Sangue por um Fio, e será apresentado aos alunos das escolas que participam na Aula de Poesía Díez Canedo por dois alunos da nossa escola.
CADEIRAS VAZIAS
Cadeiras vazias são prova de vida.
Ali se sentou ao piano a mãe
ali se decidiu em que noite.
Partir é um pré-balanço da vida: assim
fosse para sempre.
Madeiras com três nós
Três nós na madeira no soalho,
assim vista a função
assim fosse.
Furam (mas seguram) o vasto e longo itinerário.
De lembranças só dá conta o filho da prevista
terra de ninguém.
Para alguns (mas agora não eu)
o inesperado é mesmo agora.
Mãe, hoje voltei
uma cadeira será fonte de alegrias.
De ano a ano nem o tempo passa
mas tu ainda sabes disso.
Poema do seu livro O Sangue por um Fio (Assírio & Alvim, 2009)
Anabela Mota Ribeiro escreve sobre este livro de Sérgio Godinho em A Phala, blogue da editora Assírio & Alvim.