sábado, 31 de outubro de 2015

Poema de sete faces (Carlos Drummond de Andrade)


Hoje, dia 31 de outubro, é celebrado por muitos amantes da poesia no Brasil e noutras partes do mundo, o Dia D, porque foi nesse dia do ano 1902 que nasceu Carlos Drummond de Andrade na cidade de Itabira, no estado de Minas Gerais.


O Instituto Moreira Salles organiza a quinta edição do Dia D - Dia Drummond. A ideia foi lançada em 2011 com o objetivo de fazer com que o dia 31 de outubro, data do nascimento do grande poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), passasse a integrar o calendário cultural do país. A fim de promover e difundir a obra do escritor pelo “mundo, mundo, vasto mundo”, o IMS convida parceiros e amigos para celebrar a data.


POEMA DE SETE FACES

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.

Carlos Drummond de Andrade


Nota. gauche: Indivíduo tímido, incapaz, sem muita aptidão.



Alcides Villaça recita o poema de Drummond



segunda-feira, 26 de outubro de 2015

O que seria de nós (antologia do esquecimento)






O QUE SERIA DE NÓS?

O que seria de nós sem o Correio da Manhã, o que seria de nós sem a Teresa Guilherme e o Big Brother e a Quinta das Celebridades e a Casa dos Segredos e todos os demais reality shows, o que seria de nós sem fast-food, sem os estrangeirismos que nos enriquecem a língua e fazem de nós gente culta, gente moderna, gente com estilo, gente sedutora, sensual, magnífica, gente sintonizada com o mundo, o que seria de nós sem as redes sociais e sem o touch screen e sem as startups e sem as selfies, o que seria de nós sem a Cristina Ferreira e sem o Manuel Luís Goucha e sem os romances da Fátima Lopes, o que seria de nós sem as cartas da Maya e os anjinhos da Maria Helena, o que seria de nós sem ex-jogadores de futebol a comentarem futebol, o que seria de nós sem os totós da bola, o que seria de nós sem o lixo televisivo que permite dar significado à expressão lixo televisivo, o que seria de nós sem a música pimba e sem o teatro de revista e sem a cultura popular e sem a literatura light, o que seria de nós sem as feiras de vaidades e sem o desperdício e sem a fome dos outros e sem o aquecimento global, o que seria de nós sem os casos, sem os escândalos, sem a miséria observada à distância com um pacote de Cheetos nas mãos, o que seria de nós sem os festivais de Verão e o Natal dos Hospitais e o Banco Alimentar e os comentários sobre a actualidade da Isabel Jonet, o que seria de nós sem o Santuário de Fátima, sem as peregrinações, sem as procissões, sem a missa de domingo, sem os feriados religiosos, o que seria de nós sem o Papa Francisco e sem o milhão de livros que sobre ele já se escreveram, o que seria de nós sem o terrorismo que alimenta o terrorismo, o que seria de nós sem a publicidade que todos os dias cai na caixa postal, no e-mail, nos acompanha no autorrádio, na televisão, se dissemina pelas paredes da cidade, em outdoors, o que seria de nós sem o telemarketing e sem cartões de desconto, o que seria de nós sem a FNAC e sem a Bertrand e sem os shoppings, o que seria de nós sem os outlets, sem os centros comerciais gigantescos onde proliferam multinacionais milionárias, o que seria de nós sem os milionários, o que seria de nós sem os artigos de última geração, sem a última moda, sem modas, sem novidades, o que seria de nós sem o salário mínimo, sem o mínimo salário, sem horas extraordinárias a custo zero, sem recibos verdes, o que seria de nós sem mundiais desportivos e competições europeias e veículos potentíssimos atravessando África, o que seria de nós sem os missionários e sem os voluntários, o que seria de nós sem uma boa caçada, sem o negócio dos diamantes, sem minério, sem incêndios, o que seria de nós sem as exportações e as importações, sem os mercados financeiros, sem a bolsa, sem o dinheiro virtual, sem os sem terra, sem os produtos tóxicos, a água contaminada dos rios, o que seria de nós sem o mundo virtual das quintas e do Minecraft, o que seria de nós sem benzodiazepinas, sem ansiolíticos, sem o negócio da indústria farmacêutica, o que seria de nós sem traficantes, drogados, vigaristas, criminosos, fanáticos, racistas, xenófobos, intolerantes, terroristas, o que seria de nós sem lixeiras a céu aberto, jardins de ruínas, o que seria de nós sem a Guerra das Estrelas, a exploração espacial, o universo cada vez mais poluído com os resíduos das nossas investigações, o que seria de nós sem uma explicação para o princípio do mundo, sem múltiplas explicações para a formação do universo, o que seria de nós sem as seitas religiosas e sem calendários para o armagedão, o que seria de nós sem Deus, meu Deus, o que seria de nós sem Paraíso e sem Inferno e sem Espírito Santo, o que seria de nós sem medo, o que seria de nós sem os fazedores de opinião, as últimas notícias, os tops, as recensões com estrelinhas, o que seria de nós sem os trezentos canais do MEO, sem pobrezinhos a quem acolher, sem nós próprios? O que seria de nós sem nós próprios? O que seria da terra sem estrume?


hmbf no blogue antologia do esquecimento (20-10-2015)




Nota. O que é o MEO?



sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Mentira e verdade (Vergílio Ferreira)



Quando se apanha um mentiroso, ele pode perguntar-nos – e o que é verdade? E o mais provável é termos de o deixar seguir.  

Vergílio Ferreira




segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Cem anos de perdão (Clarice Lispector)




Quem nunca roubou não vai me entender. E quem nunca roubou rosas, então é que jamais poderá me entender. Eu, em pequena, roubava rosas.

Havia em Recife inúmeras ruas, as ruas dos ricos, ladeadas por palacetes que ficavam no centro de grandes jardins. Eu e uma amiguinha brincávamos muito de decidir a quem pertenciam os palacetes. "Aquele branco é meu." "Não, eu já disse que os brancos são meus." Parávamos às vezes longo tempo, a cara imprensada nas grades, olhando.

Começou assim. Numa dessas brincadeiras de "essa casa é minha", paramos diante de uma que parecia um pequeno castelo. No fundo via-se o imenso pomar. E, à frente, em canteiros bem ajardinados, estavam plantadas as flores.

Bem, mas isolada no seu canteiro estava uma rosa apenas entreaberta cor-de-rosa-vivo. Fiquei feito boba, olhando com admiração aquela rosa altaneira que nem mulher feita ainda não era. E então aconteceu: do fundo de meu coração, eu queria aquela rosa para mim. Eu queria, ah como eu queria. E não havia jeito de obtê-la. Se o jardineiro estivesse por ali, pediria a rosa, mesmo sabendo que ele nos expulsaria como se expulsam moleques. Não havia jardineiro à vista, ninguém. E as janelas, por causa do sol, estavam de venezianas fechadas. Era uma rua onde não passavam bondes e raro era o carro que aparecia. No meio do meu silêncio e do silêncio da rosa, havia o meu desejo de possuí-la como coisa só minha. Eu queria poder pegar nela. Queria cheirá-la até sentir a vista escura de tanta tonteira de perfume.

Então não pude mais. O plano se formou em mim instantaneamente, cheio de paixão. Mas, como boa realizadora que eu era, raciocinei friamente com minha amiguinha, explicando-lhe qual seria o seu papel: vigiar as janelas da casa ou a aproximação ainda possível do jardineiro, vigiar os transeuntes raros na rua. Enquanto isso, entreabri lentamente o portão de grades um pouco enferrujadas, contando já com o leve rangido. Entreabri somente o bastante para que meu esguio corpo de menina pudesse passar. E, pé ante pé, mas veloz, andava pelos pedregulhos que rodeavam os canteiros. Até chegar à rosa foi um século de coração batendo.

Eis-me afinal diante dela. Para um instante, perigosamente, porque de perto ela é ainda mais linda. Finalmente começo a lhe quebrar o talo, arranhando-me com os espinhos, e chupando o sangue dos dedos.

E, de repente - ei-la toda na minha mão. A corrida de volta ao portão tinha também de ser sem barulho. Pelo portão que deixara entreaberto, passei segurando a rosa. E então nós duas pálidas, eu e a rosa, corremos literalmente para longe da casa.

O que é que fazia eu com a rosa? Fazia isso: ela era minha.

Levei-a para casa, coloquei-a num copo d'água, onde ficou soberana, de pétalas grossas e aveludadas, com vários entretons de rosa-chá. No centro dela a cor se concentrava mais e seu coração quase parecia vermelho.

Foi tão bom.

Foi tão bom que simplesmente passei a roubar rosas. O processo era sempre o mesmo: a menina vigiando, eu entrando, eu quebrando o talo e fugindo com a rosa na mão. Sempre com o coração batendo e sempre com aquela glória que ninguém me tirava.

Também roubava pitangas. Havia uma igreja presbiteriana perto de casa, rodeada por uma sebe verde, alta e tão densa que impossibilitava a visão da igreja. Nunca cheguei a vê-la, além de uma ponta de telhado. A sebe era de pitangueira. Mas pitangas são frutas que se escondem: eu não via nenhuma. Então, olhando antes para os lados para ver se ninguém vinha, eu metia a mão por entre as grades, mergulhava-a dentro da sebe e começava a apalpar até meus dedos sentirem o úmido da frutinha. Muitas vezes na minha pressa, eu esmagava uma pitanga madura demais com os dedos que ficavam como ensanguentados. Colhia várias que ia comendo ali mesmo, umas até verdes demais, que eu jogava fora.

Nunca ninguém soube. Não me arrependo: ladrão de rosas e de pitangas tem 100 anos de perdão. As pitangas, por exemplo, são elas mesmas que pedem para ser colhidas, em vez de amadurecer e morrer no galho, virgens.


Clarice Lispector


Uma pitanga



terça-feira, 13 de outubro de 2015

Brasileiros falam Português? (Maria Helena Mira Mateus)



Brasileiros falam Português?

Aconteceu-me uma vez há alguns anos, na cidade de S. Salvador da Bahia. Subia no elevador da casa onde morava com um rapazinho de uns dez anos e outras pessoas. Disse umas palavras a alguém que me acompanhava, e o rapaz perguntou-me: "Que língua fala você?" "Português", respondi. "Não, português, falo eu", retorquiu ele. E eu fiquei a pensar. Pensei que existe uma misteriosa diferença entre a realidade e a teoria. Todos dizemos: "O mundo de língua portuguesa." Os 8 países em que se fala português: Portugal, Brasil, Cabo Verde, Angola, Moçambique, Guiné, São Tomé e Príncipe, Timor Leste ".

Nos últimos cinco o português é língua oficial. Mas no Brasil é a língua nacional - embora haja outras, sobretudo as línguas índias já existiam e continuam a existir, apesar de tudo. O Brasil, pais multilingue, país em que a língua índia teve tanta força que, nos sécs. XVII e XVIII, a "língua geral" falada por todos e de certo modo nacional era o tupi-guarani. Hoje, porém, excepto nas comunidades índias e em algumas colónias de imigrantes. é o português que todos aprendem como língua materna. Mas; então, porque sentiu esse menino que falávamos línguas diferentes? E não só ele. Conta-se que um americano que queria vir a Portugal em negócios, procurou aprender português no seu país e tomou lições com uma brasi1eira. Quando considerou suficiente o seu conhecimento linguístico, veio para Portugal. Passados poucos dias de ter chegado, enviou um telegrama questionando: "Diga-me por favor que língua aprendi, porque não consigo entender nada do que me dizem.” Esta história não tem um recíproco na compreensão por parte dos portugueses, ou seja, o transmontano, o algarvio, o lisboeta e o beirão ouvem diariamente as telenovelas brasileiras e entendem os diálogos, zangam-se com os "maus” e torcem pelos "bons". Realmente em Portugal não é necessário traduzir com legendas as traduções como no Brasil, há quem pretenda fazer com as portuguesas (se alguma vez lograr um lugar no império da Globo).

Já perceberam qual é a razão desta dificuldade? Trata-se na verdade da mesma língua?

Vejamos: Basicamente, os problemas surgem com a língua oral - e aqui entra. a televisão, o menino que me ouvia falar, o americano angustiado. Portanto, a grande diferença, está nos sons. Mais concretamente: a grande diferença está nas vogais que não são acentuadas. Enquanto os brasileiros de qualquer região pronunciam todas as vogais quer elas sejam tónicas ou não (pôrtuguês, cômeçar, mêmória), os portugueses reduzem-nas ao ponto de as suprimirem por vezes (purtuguês, cumeçar, mmória). Em Portugal ouvem-se assim muitas consoantes seguidas, com predomínio dos «s» finais que soam x; por isso, os estrangeiros sentem um sibilar constante na pronúncia dos portugueses. Esta diferença no sistema vocálico (que no século XVI era igual, em Portugal, ao que hoje funciona no Brasil) provém duma alteração que se deu no português europeu, uma "deriva" da língua que tem causas pouco claras mas que pode ser interpretada como uma evolução paralela da que apresentam outras línguas em que as vogais também se foram lentamente reduzindo. Pode então falar-se da mesma língua? Sim, porque as estruturas silábicas são as mesmas com excepção dos aspectos de pormenor. Sim; porque o léxico é basicamente o mesmo. Sim, porque afinal o sistema de sons é muito próximo, apesar da diferença que causa tanta estranheza. E sim, porque afinal o conceito de língua é fundamentalmente um conceito político assente em factos linguísticos e não o inverso.

Maria Helena Mira Mateus


Nota. Sobre o tupi-guarani, ver aqui.


Maria Helena Mira Mateus nasceu em Carcavelos (Cascais) em 1931. Linguista portuguesa, foi professora catedrática na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Fundadora do Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC), de que foi presidente entre 2005 a 2013. Destacou-se na área da Fonologia Portuguesa (...) segue em Ciberdúvidas da Língua Portuguesa.






sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Fugir a fingir (Miguel Esteves Cardoso)



Fugir a fingir

Miguel Esteves Cardoso

08/10/2015

Fugir é cada vez mais difícil mas é cada vez mais necessário.

É bom fingir que se está a fugir, que não se pode ficar em casa nem ir a lugares previsíveis, onde se pode ser apanhado.

Ir ao cinema é sempre uma fuga. É pena não haver escuridão total. Mas há horários em que se consegue estar sozinho a ver um filme.

Há lugares perto de onde vivemos - ou, melhor ainda, longe - aonde nunca fomos. É bom ser-se turista numa terra que ninguém visita.

É bom saber que ninguém nos pode localizar. Localizar está para a liberdade como conservar para as sardinhas.

Os fugitivos são, por definição - e não só nos filmes de Nicholas Ray - felizes. Fugir é bom. As responsabilidades, de que toda a gente está sempre a falar, são más para nós. Nem sequer são boas para os outros.

Fugir sem ter razão para fugir é um acto libertador de cobardia criativa. O medo é, tal como a preguiça e todas as espécies (sem distinção) de egoísmo, uma manifestação da mais elevada inteligência.

"Fica-te", dizem os escravos que absorveram os interesses dos esclavagistas. "Deixa-te ficar; contenta-te com o que tens; enfrenta aquilo que tens para enfrentar", aconselham os carrascos já derrotados da liberdade.

Os escravos verdadeiros fugiam mesmo quando corriam o risco de morrer. Que se há-de dizer dos escravos figurativos de hoje em dia que, quando fogem, só correm o risco de viver?

Desliguem-se os telemóveis. Mudem-se as coordenadas. Confundam-se as tentativas de contacto. Fugir é cada vez mais difícil mas é cada vez mais necessário.

Fujamos já!


Artigo de opinião de Miguel Esteves Cardoso no diário Público



Miguel Esteves Cardoso (Lisboa, 1955) é um crítico, escritor e jornalista português.




terça-feira, 6 de outubro de 2015

"Arquitectos Aires Mateus vencem concurso para museu suíço e batem três prémios Pritzker"



Arquitectura
Arquitectos Aires Mateus vencem concurso para museu suíço e batem três prémios Pritzker


Joana Amaral Cardoso 05/10/2015

Projecto de 85 milhões de euros para novo pólo cultural de Lausanne bate propostas assinadas por três prémios Pritzker.

A dupla de arquitectos portugueses Manuel e Francisco Aires Mateus venceu esta segunda-feira o concurso internacional para criar a nova casa de dois museus - o Museu da Fotografia de Elysée e o Museu de Design e Arte Contemporânea (Mudac) - em Lausanne, na Suíça. A sua solução, escolha unânime do júri, foi criar “um museu que não é um museu, são dois”, como disse ao PÚBLICO Francisco Aires Mateus: um único edifício que estará construído em 2020 e cuja obra está orçada em 85 milhões de euros.

“Desenhem-me dois museus” foi o pedido do Cantão de Vaud, cuja capital é Lausanne. “Um museu, dois museus, um espaço” foi a resposta da dupla Aires Mateus, que com a sua proposta deixou para trás no concurso três arquitectos que já receberam o prémio Pritzker: o japonês Shigeru Ban, a dupla japonesa Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa (do atelier Sanaa) e o francês Jean Nouvel.

A escolha do atelier português foi unânime, lê-se no texto de apresentação do projecto vencedor assinado por Olivier Steimer, presidente do júri, que classifica a ideia dos arquitectos como “fabulosa”. Um único edifício, “maravilhosamente engenhoso”, composto por duas partes, uma dedicada à fotografia e outra ao design e à arte contemporânea. “Cada uma no seu espaço, unidas por uma formidável área de recepção e ponto de encontro, formando uma extensão natural” ao espaço público, lê-se no documento apresentado pelo júri que, no outro extremo de uma grande praça, albergará o também futuro museu Museu do Cantão de Belas-Artes (MCBA).


A notícia completa no diário Público

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O que é o Prémio Pritzker?


O Prémio Pritzker é um prémio internacional de arquitetura. Foi criado em 1979 pela Fundação Hyatt, gerida pela família Pritzker, sendo muitas vezes chamado de "o Nobel da arquitetura".

É atribuído anualmente ao arquiteto, ainda em vida, que melhor cumpra os princípios enunciados por Vitrúvio: solidez, beleza e funcionalidade.





quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Discurso (Alexandre O'Neill)

Caricatura de André Carrilho


O humor do grande Alexandre O'Neill...


DISCURSO

no dize-tu-direi-eu
havia um que dizia
quer dizer é como quem diz
que o mesmo é não dizer nada
tenho dito

Alexandre O'Neill 




(Blogue da Biblioteca Municipal da Marinha Grande)