quinta-feira, 1 de março de 2012

Uns versos de Adriano em versão portuguesa

 O imperador Adriano

Dizem que o imperador romano Adriano escreveu estes versos no seu leito de morte. A primeira versão em português é de Jorge de Sena e a segunda, de David Mourão-Ferreira.


Versos originais em latim:

Animula, vagula, blandula,
Hospes comesque corporis,
Quae nunc habibis in loca
Pallidula, rigida, nudula,
Nec, ut soles, dabis iocos.


Alminha, vagabunda, blandiciosa,
Do corpo a moradora e companheira,
A que lugares tu te vais agora,
Tão palida, tão rígida, tão nua?
Nem mais às graças te darás de outrora.


Alma minha, brandinha, vagabunda,
do corpo acompanhante e moradora,
a que paragens vais subir agora,
assim lívida, e rígida, e tão nua?
Deixarás de gozar o que hoje gozas.




Públio Élio Trajano Adriano (em latim Publius Aelius Traianus Hadrianus; 24 de janeiro de 76 — 10 de julho de 138), mais conhecido apenas como Adriano, foi imperador romano de 117 a 138. Pertence à dinastia dos Antoninos, sendo considerado um dos chamados "cinco bons imperadores". 

Nascido em Itálica na atual Espanha, ou em Roma, na Itália, Adriano era descendente de colonos romanos domiciliados no Sul da Hispânia e primo de Trajano.