HÁ VEZES EM QUE NEM É A MORTE QUE SE TEME
Há vezes em que nem é a morte que se teme,
o seu sossego de cinza,
a sua solidão escura,
mas como se morre.
Quando morrer
quero fazê-lo sem rumor algum,
sem ninguém que me chore
ou a quem doa.
E queria a morte uma ave,
nocturna ave
sigilosamente partindo
para outro tempo.
Para morrer, fá-lo-ia
em total silêncio,
severo
e lúcido.
Eduardo White
(Fotografia de DrkrainboW)
sábado, 1 de novembro de 2025
Eduardo White - Há vezes em que nem é a morte que se teme
Subscrever:
Comentários (Atom)
