quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Joaquim Manuel Magalhães - Nada consentia




NADA CONSENTIA

Nada consentia ainda o nosso amor.
Eu punha sobre os teus ombros os meus braços
anulado da gente mais agreste
e descobria o riso ao pé do teu.

Era o que sou e sabia cantar-

te, queria que visses em redor
toda a cinza a que tu não pertencias.
Tu vias. Eu cantava. Era o amor.

Joaquim Manuel Magalhães 


Lido no blogue Canal de poesia



(Fotografia de Patricia Chumillas)