terça-feira, 22 de maio de 2018

Germano de Almeida, o contador de Estórias (Ana Cordeiro)

Fotografia de Marta Lança


GERMANO DE ALMEIDA, O CONTADOR DE ESTÓRIAS

Em 2006, Germano Almeida publica Eva, o seu décimo quarto título e é curioso verificar que ao longo dos anos, e já lá vão dezassete desde que publicou o primeiro livro, O Testamento do Sr. Napumoceno da Silva Araújo, tem reiteradamente afirmado não se considerar um escritor, mas sim um contador de estóreas. Explica a diferença pelo facto de que o que verdadeiramente lhe interessa é ter uma estórea e alguém a quem a contar. A forma só lhe importa na medida em que serve o conteúdo e os recursos estilísticos ou linguísticos que utiliza estão submetidos às necessidades do enredo que é, de facto, a sua prioridade. Ele pertence à geração que teve o privilégio de entrar no mundo da ficção pelas palavras ouvidas e não pelas palavras escritas, e por isso não é de estranhar que essa marca da oralidade esteja tão claramente presente nas suas obras.

Primeiro parágrafo deste artigo escrito por Ana Cordeiro sobre Germano Almeida, que podemos ler completo na revista Buala (15 de junho de 2010)