DIÓSPIRO
depois do almoço
quando arrastamos a cadeira
um pouco para trás
uma sonolência morna
entrelaçada de luz
entra pelas janelas
ludibria as cortinas
e difusa poisa no vinho
é nessa altura que dizemos:
vou comer este dióspiro
antes que apodreça
Daniel Maia-Pinto Rodrigues
Do seu livro Conhecedor de Ventos, Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, 1987
(Visto em Canto Celeste, de Ana Celeste Ferreira)
depois do almoço
quando arrastamos a cadeira
um pouco para trás
uma sonolência morna
entrelaçada de luz
entra pelas janelas
ludibria as cortinas
e difusa poisa no vinho
é nessa altura que dizemos:
vou comer este dióspiro
antes que apodreça
Daniel Maia-Pinto Rodrigues
Do seu livro Conhecedor de Ventos, Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, 1987
(Visto em Canto Celeste, de Ana Celeste Ferreira)