António Botto (1897 - 1959)
Meus olhos que por alguém
deram lágrimas sem fim
já não choram por ninguém
- basta que chorem por mim.
Arrependidos e olhando
a vida como ela é,
meus olhos vão conquistando
mais fadiga e menos fé.
Sempre cheios de amargura!
Mas se as coisas são assim,
chorar alguém - que loucura!
- Basta que eu chore por mim.
António Botto
Aquí se pode ouvir este poema como canção, Choram meus olhos, na voz de Teresa Silva Carvalho.