CAFÉ SAMPO
No Café Sampo, o café
é sumo de peúgas,
os bolos, borracha da Sibéria,
o vodka, metanol puro,
não há serviço às mesas,
mas, felizmente, o empregado
e caixa
é casmurro e malencarado,
calado como uma rena
a pastar neve,
e deixa-me remoer
em paz
a minha
depressão
tamanho familiar.
Ali estou sozinho
como numa
retrete.
Manuel Resende
Lido no blogue Coração Acordeão, de António Gregório.
No Café Sampo, o café
é sumo de peúgas,
os bolos, borracha da Sibéria,
o vodka, metanol puro,
não há serviço às mesas,
mas, felizmente, o empregado
e caixa
é casmurro e malencarado,
calado como uma rena
a pastar neve,
e deixa-me remoer
em paz
a minha
depressão
tamanho familiar.
Ali estou sozinho
como numa
retrete.
Manuel Resende
Lido no blogue Coração Acordeão, de António Gregório.